30 outubro 2013

É URGENTE A MODERNIZAÇÃO DA LINHA DO OESTE


O trágico acidente registado ontem na Linha do Oeste, na passagem de nível do apeadeiro do Bouro, próximo das Caldas da Rainha, em que perderam a vida duas pessoas, vem salientar, da pior forma, a urgente necessidade de ser acelerado pelo Governo/CP/REFER, o processo de modernização deste troço ferroviário, quer no que toca ao material circulante, quer às infraestruturas.

Só a incúria e o premeditado esquecimento a que tem sido votada, ao longo dos anos, a Linha do Oeste, são responsáveis por mais estas duas mortes, numa linha ferroviária onde o cruzamento desnivelado deveria prevalecer, em detrimento das passagens de nível, ainda para mais sem guarda.

A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste reafirma a necessidade de ser aprofundado o processo de modernização deste importante troço ferroviário, sendo definido para o mesmo um projecto suficientemente financiado que permita fazer do transporte ferroviário na região e entre regiões, uma alternativa válida de mobilidade para as respectivas populações.

As medidas recentemente tomadas no sentido da melhoria dos horários e de uma maior correspondência com as necessidades dos utentes e que resultaram da persistente luta de autarcas, agentes económicos, utentes e populações em geral, são ainda um passo insuficiente para garantir o futuro da Linha do Oeste.

A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste dirige publicamente à família das vítimas do acidente, as mais sentidas condolências.

Caldas da Rainha, 30 de Outubro de 2013

A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste


09 julho 2013

MELHORIA DOS HORÁRIOS DOS COMBOIOS JÁ ESTÁ “A PERDER VAPOR”


A CP adiou para meados de Setembro, a entrada em vigor dos novos horários dos comboios de passageiros, na Linha do Oeste, medida que põe, mais uma vez em causa, o processo de requalificação há muito desejado.

Ao que a Comissão conseguiu apurar, este adiamento tem origem na falta de material circulante para garantir horários com maior frequência de composições.

Confirmando-se este facto, podemos concluir que isto é resultado da política de destruição da CP, que tem por base a minimização da importância estratégica do transporte ferroviário e que levou já ao encerramento de centenas de quilómetros de linha férrea, à ausência de investimento para a renovação e modernização de infraestruturas e material circulante e à destruição de centenas de postos de trabalho.

No caso concreto da Linha do Oeste, não há material circulante suficiente, nem para a satisfação das actuais necessidades de horários que, diga-se em abono da verdade, são bem poucas. E por isso, de há uns tempos a esta parte, vários foram os dias em que se verificou a supressão de comboios.

E, até agora, apesar de saber que precisa de mais composições para garantir horários com maior frequência de comboios, a CP não tomou quaisquer medidas credíveis para que aquele objectivo seja concretizado a curto prazo.

O Presidente da CP, quando anunciou em Leiria, no passado mês de Maio, a introdução dos novos horários para “meados de Julho”deveria já ter garantidas as condições para a sua concretização. Como tal não aconteceu, aí está o primeiro adiamento.

Cada dia que passa, em que não são introduzidas pelo menos estas medidas anunciadas, a Linha do Oeste perde, mais e mais, passageiros.

Por isso, impõe-se que:

  • Com a maior urgência sejam encontradas as condições para a concretização dos novos horários;

  • Sejam clarificadas pela CP e pela REFER, quais as restantes medidas de requalificação que pretendem concretizar e que são indispensáveis para uma linha com futuro.

Queremos ainda realçar que o Presidente da CP, não ouviu até hoje esta Comissão, sobre o modelo de novos horários que pretende lançar, quando a mesma é composta por vários utentes diários da Linha do Oeste, apesar de estar solicitada, desde Abril, uma reunião que até hoje não foi marcada.

20 maio 2013

Linha do Oeste: PARA A MANTER VIVA É PRECISO REQUALIFICÁ-LA!


O anúncio feito pelo Secretário de Estado dos Transportes de que o Governo pretende reconsiderar a decisão de suprimir o transporte de passageiros a norte das Caldas da Rainha, merece da parte da Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste, o seguinte comentário:

  1. A ser concretizada esta intensão, tal representa uma vitória de todos aqueles que coerente e persistentemente têm vindo a lutar pela requalificação da Linha e contra a supressão dos combóios de passageiros no troço entre as Caldas e a Figueira da Foz;

  1. Significa também que vale a pena lutar e que sem essa luta, a concretização do objectivo mais nobre de defesa da Linha do Oeste e da sua requalificação, jamais será alcançado. Uma luta que deve continuar a envolver as populações em geral, os utentes, mas também autarcas e agentes económicos, sociais e culturais;

  1. Tal intensão, vem confirmar que os pressupostos em que assentou a decisão do Governo, de suprimir o transporte de passageiros no troço a norte das Caldas da Rainha, contidos no Plano Estratégico de Transportes, aprovado em 2010, estavam errados e que ainda assim, por razões que se prendem com a opção de política estratégica de favorecimento do transporte rodoviário em detrimento do ferroviário, aquele insistiu na sua utilização;

  1. Não basta anunciar que não será suprimido o transporte de passageiros no troço a norte das Caldas da Rainha. É preciso garantir que não se volte a repetir o ciclo de supressões diárias de combóios de passageiros, seja no troço a norte ou a sul das Caldas da Rainha, como aconteceu ao longo dos últimos doze meses;

  1. Para que a Linha do Oeste tenha futuro e para que este seja de contributo para o desenvolvimento económico e social dos territórios e das populações que influencia, é necessário que definitivamente seja definido e concretizado o plano para a sua modernização.

A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste continua a aguardar resposta ao pedido de reunião que endereçou ao Secretário de Estado dos Transportes, em Março passado, para analisar a situação presente e futura da Linha do Oeste.


24 abril 2013

QUE ABRIL TAMBÉM RENASÇA PARA A LINHA DO OESTE

Na passagem de mais um aniversário do 25 de Abril, a Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste saúda todos os que ao longo dos anos têm lutado pela requalificação desta linha, um importante eixo ferroviário da rede nacional e um factor de desenvolvimento económico e social das regiões que serve.
Requalificar a Linha do Oeste também é consagrar Abril. Pôr a Linha ao serviço do desenvolvimento económico do território de influência; fazer dela um instrumento de dinamização da mobilidade e bem estar das populações; contribuir com ela para o aumento da qualidade ambiental, é consagrar Abril.
Tal como não podemos deixar morrer Abril, também não podemos deixar morrer a Linha do Oeste.
O futuro é de luta, mas também de esperança! QUE VIVA ABRIL!

27 março 2013

FUTURO DA LINHA DO OESTE NO PARLAMENTO EUROPEU

O deputado do PCP no Parlamento Europeu, na sequência do contacto que manteve com a nossa Comissão, no passado dia 22 de Março, deu-nos a conhecer o teor da pergunta escrita que apresentou sobre a Linha do Oeste e que agora divulgamos:

"Pergunta Escrita de João Ferreira no Parlamento Europeu
Situação da Linha do Oeste(Portugal) e investimentos necessários
Terça 26 de Março de 2013


Numa reunião recente com a Comissão de Defesa da Linha do Oeste fui alertado para o preocupante desinvestimento nesta importante linha ferroviária, que acarreta claros prejuízos para as condições de vida das populações e para o desenvolvimento regional. A supressão de horários (cada vez mais desfasados das necessidades das populações), o encerramento de estações, a escassez de pessoal, os longos tempos de percurso, a vetusta idade das composições, a ausência de obras que procedam a correcções na linha tendo em vista a optimização da circulação - são alguns dos problemas referidos.
Desde 2010 que existem estudos sobre a modernização da Linha do Oeste (e ramal de Alfarelos), tendo em vista uma optimização da circulação, uma melhoria das condições de segurança, melhores horários e diminuição dos tempos de percurso. Estes estudos incluem a modernização do troço Meleças/Caldas da Rainha. Mas são necessárias intervenções também noutros troços. Globalmente, as intervenções necessárias compreendem, entre outras, a electrificação da linha (o que permitiria baixar significativamente os custos de operação) e a implementação de sistemas de sinalização electrónica e telecomunicações.

Tendo em conta as sucessivas afirmações da Comissão Europeia sobre a importância da promoção do modo de transporte ferroviário e dos investimentos neste domínio, pergunto:
1. Tem conhecimento de algum projecto, envolvendo financiamento comunitário, para a modernização da Linha do Oeste?
2. Ao abrigo de que programas e medidas poderá ser apoiada a modernização da Linha do Oeste, com fundos da UE? Qual o financiamento máximo e quais as percentagens de co-financiamento previstas?"

15 março 2013

COMISSÃO ENCONTRA-SE COM DEPUTADOS DO PCP DO PARLAMENTO EUROPEU

A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste vai encontrar-se com os Deputados do PCP do Parlamento Europeu, no próximo dia 22 de Março, pelas 18.30h, nas Caldas da Rainha.
Este encontro realiza-se a pedido dos deputados do PCP que pretendem saber da Comissão, que avaliação é feita da presente situação da Linha do Oeste, assim como que propostas temos para a sua requalificação.