Quando foi tornada pública
a proposta do Plano Estratégico dos Transportes da Autoria de um Grupo de
Trabalho nomeado pelo Governo, foram desde logo manifestados um conjunto de
protestos e críticas por parte dos órgãos representativos dos trabalhadores,
Movimento e Comissões de Utentes e de algumas Autarquias por considerarem que
na mesma eram postos em causa postos de trabalho e direitos sociais mobilidade
e segurança das populações para além do aumento dos títulos de transporte
(bilhetes e passes sociais).
Perante tantos e tão
variados protestos o Ministro das Finanças saiu a terreiro para afirmar que a
referida proposta era apenas um estudo que necessitaria de ser analisado e
melhorado de forma a não pôr em causa as
situações que justificaram os protestos.
Contrariando as afirmações
produzidas pelo Ministro e pela própria Administração da C.P. que também se
comprometeu perante os trabalhadores a não pôr em prática qualquer alteração
quer ao actual modelo de circulação quer a novas escalas, esta vem agora sem qualquer
contacto prévio e sem qualquer alteração à proposta que entretanto o Ministro
tinha considerado apenas como um estudo, anunciar uma alteração significativa
no modelo de transportes a partir (inclusive de ontem dia 11 nas linhas de
Sintra - Azambuja - Margem Sul e cintura com prejuízos e incómodos para
trabalhadores, utentes e regiões como aliás se previa.
Porque quer uns quer
outros já nos habituaram a tal tipo de procedimentos de desrespeito e desprezo
pelos compromissos que assumem e afirmações que fazem, manifestamos sobre tais
alterações agora introduzidas o nosso veemente protesto e oposição, condenando
em simultâneo o comportamento do Governo e Administração da CP.
Porque na referida
proposta de Plano Estratégico dos Transportes são também consideradas
alterações para os restantes tipos de transporte (fluviais - Metro e carris)
que a ser-lhes dado por parte do Governo e respectivos operadores o mesmo tipo
de tratamento que foi dado ao sector ferroviário, estamos confrontados com
situações dramáticas aos níveis da mobilidade e segurança dos utentes e do
emprego e direitos laborais dos trabalhadores.
Face aos perigos que tais
medidas representam o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP exorta
todas as estruturas de utentes e trabalhadores a se manifestarem contra as
referidas alterações e manterem-se atentas e vigilantes contra a possibilidade
de outras acontecerem, porque com tais artistas todos os números são possíveis
de acontecerem desde que beneficiem o grande capital e prejudiquem quem
trabalha.
Grupo
Permanente do MUSP
*Esta Nota foi-nos remetida pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos que, pela sua importância, resolvemos divulgar no nosso blogue.