16 dezembro 2011

Governo e Administração da CP mentiram aos trabalhadores ferroviários e aos utentes dos comboios das margens Norte e Sul do Rio Tejo*

Quando foi tornada pública a proposta do Plano Estratégico dos Transportes da Autoria de um Grupo de Trabalho nomeado pelo Governo, foram desde logo manifestados um conjunto de protestos e críticas por parte dos órgãos representativos dos trabalhadores, Movimento e Comissões de Utentes e de algumas Autarquias por considerarem que na mesma eram postos em causa postos de trabalho e direitos sociais mobilidade e segurança das populações para além do aumento dos títulos de transporte (bilhetes e passes sociais).
Perante tantos e tão variados protestos o Ministro das Finanças saiu a terreiro para afirmar que a referida proposta era apenas um estudo que necessitaria de ser analisado e melhorado de forma a não pôr em causa  as situações que justificaram os protestos.
Contrariando as afirmações produzidas pelo Ministro e pela própria Administração da C.P. que também se comprometeu perante os trabalhadores a não pôr em prática qualquer alteração quer ao actual modelo de circulação quer a novas escalas, esta vem agora sem qualquer contacto prévio e sem qualquer alteração à proposta que entretanto o Ministro tinha considerado apenas como um estudo, anunciar uma alteração significativa no modelo de transportes a partir (inclusive de ontem dia 11 nas linhas de Sintra - Azambuja - Margem Sul e cintura com prejuízos e incómodos para trabalhadores, utentes e regiões como aliás se previa.
Porque quer uns quer outros já nos habituaram a tal tipo de procedimentos de desrespeito e desprezo pelos compromissos que assumem e afirmações que fazem, manifestamos sobre tais alterações agora introduzidas o nosso veemente protesto e oposição, condenando em simultâneo o comportamento do Governo e Administração da CP.
Porque na referida proposta de Plano Estratégico dos Transportes são também consideradas alterações para os restantes tipos de transporte (fluviais - Metro e carris) que a ser-lhes dado por parte do Governo e respectivos operadores o mesmo tipo de tratamento que foi dado ao sector ferroviário, estamos confrontados com situações dramáticas aos níveis da mobilidade e segurança dos utentes e do emprego e direitos laborais dos trabalhadores.
Face aos perigos que tais medidas representam o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos – MUSP exorta todas as estruturas de utentes e trabalhadores a se manifestarem contra as referidas alterações e manterem-se atentas e vigilantes contra a possibilidade de outras acontecerem, porque com tais artistas todos os números são possíveis de acontecerem desde que beneficiem o grande capital e prejudiquem quem trabalha.
Grupo Permanente do MUSP
*Esta Nota foi-nos remetida pelo Movimento de Utentes dos Serviços Públicos que, pela sua importância, resolvemos divulgar no nosso blogue.

23 novembro 2011

CONTINUAR A LUTAR, PARA A LINHA NÃO FECHAR

Foi a palavra de ordem ouvida da boca dos mais de cem manifestantes que neste sábado solarengo(3 de Dezembro), se concentraram de fronte da estação dos caminhos de ferro da Caldas da Rainha, para protestarem contra a decisão do governo de encerrar o serviço de transporte de passageiros, entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz.

Ao longo da iniciativa, ouviram-se intervenções de membros da Comissão, de utentes e de uma representante do Partido Ecologista "Os Verdes", sendo unânime a ideia de que o serviço público de transporte de passageiros não pode acabar, pelos prejuízos que a decisão acarreta para as populações e a própria região do Oeste.

Foi igualmente assinalado que diversas têm sido as iniciativas concretizadas em vários pontos do distrito, em localidades ao longo da Linha, de protesto contra a decisão tomada e foi lançado um apelo para que se reforcem as acções de recolha de assinaturas dos abaixos-assinados que neste momento circulam, dirigidos ao Secretário de Estado dos Transportes(iniciativa de um grupo de utentes) e ao Presidente da República, Presidente da Assembleia da República e Primeiro-Ministro(da Comissão).

No final, os manifestantes deslocaram-se até à plataforma da estação, onde simbolicamente, com as palmas das mãos, desenharam uma linha por onde o comboio há-de continuar a passar e perspectivaram, alto e bom som que A LUTA CONTINUA!

22 novembro 2011

ADIAR A DECISÃO NÃO BASTA, É PRECISO ANULÁ-LA DEFINITIVAMENTE!

A Comunicação Social trouxe hoje a lume a informação de que o Governo admitia adiar o encerramento do serviço de passageiros entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz, na Linha do Oeste e noutras linhas, caso"(...)se considere que algum dos serviços de transporte de passageiros que passarão a ser assegurados através de concessões rodoviárias não reúna as condições em tempo útil(...)", ou seja, em 1 de Janeiro próximo, para garantir esse mesmo transporte.
Ou seja, a decisão mantém-se e tanto pode ser concretizada logo no dia 1, como alguns dias depois. Aliás, como sublinha a Comunicação Social, segundo fonte do Governo, este eventual adiamento "(...)não corresponde a qualquer recuo nas reformas".
Está patente que perante a onda de protestos em evidente crescendo e agora que está marcada a Manifestação para o próximo dia 3 de Dezembro, nas Caldas da Rainha, o Governo procura com estas notícias, aplacar a contestação social.
Contudo, o que é evidente mantém-se. O encerramento do serviço de transporte de passageiros, no troço a norte das Caldas da Rainha, prejudica os utentes que, por sinal têm vindo a aumentar, contrariamente ao que o Governo quer fazer crer e põe em causa o futuro da Linha, em toda a sua extensão.
Às razões já existentes para que no próximo dia 3 de Dezembro se concretize uma grande jornada em defesa da Linha do Oeste, podemos acrescentar mais esta: o Governo já foi forçado a reagir ao protesto e à indignação de todos aqueles que consideram ser a Linha do Oeste, uma Linha de Futuro.

21 novembro 2011

PALMAS PARA O COMBOIO NA LINHA DO OESTE

Mais de cem pessoas aplaudiram, no domingo, 20 de Novembro, a passagem do comboio de passageiros, que pelas 16.39h diariamente, toca a estação de Valado de Frades. Foi uma forma de protesto contra a pretensão do governo de encerrar o serviço de passageiros, na Linha do Oeste, entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz.
Juntaram-se no cais pelas 15.00horas e trocaram opiniões, informações, memórias e propostas a propósito do caminho que a Linha tem percorrido ao longo dos anos. 
Jovens, gente de meia idade e idosos questionaram-se sobre o futuro desta Linha sem comboios que os leve e os traga de volta à sua terra.
No final, a sabedoria dos mais velhos veio ao de cima, pela voz de quem sabe que tirar-lhe o comboio é arrancar-lhe um pouco mais da vida: "É preciso lutar!"
A nossa Comissão esteve presente, bem como alguns autarcas dos concelhos da Nazaré e de Alcobaça.

16 novembro 2011

POPULAÇÃO DE VALADO DE FRADES DEBATE SITUAÇÃO DA LINHA DO OESTE

Realiza-se no próximo domingo, dia 20, na estação da CP de Valado de Frades, uma iniciativa sobre a actual situação e o futuro da Linha do Oeste.
O debate decorrerá entre as 15.00 e as 18.00horas.
A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste irá estar presente nesta iniciativa e apela à participação de todos aqueles que estão interessados na defesa da Linha do Oeste.

12 novembro 2011

COMISSÃO LANÇA ABAIXO-ASSINADO CONTRA O ENCERRAMENTO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS ENTRE CALDAS DA RAINHA E FIGUEIRA DA FOZ

A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste pôs já em circulação um Abaixo-Assinado, dirigido ao Presidente da República, Presidente da Assembleia da República e Primeiro-Ministro, onde se apela à intervenção destas individualidades, para que o serviço de transporte de passageiros entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz não seja extinto.
A Comissão apela a todos para que subscrevam este Abaixo-Assinado, demonstrando assim a sua vontade de defender este serviço público de transporte de passageiros.

29 outubro 2011

O PROTESTO CONTRA A DESACTIVAÇÃO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS NO TROÇO ENTRE CALDAS E F.DA FOZ SAÍU À RUA

A Tribuna Pública realizada nesta manhã de sábado, nas Caldas da Rainha, pela Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste, evidenciou a vontade de prosseguir a luta contra a desactivação do transporte de passageiros no troço entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz.
Estiveram presentes na iniciativa, o deputado Bruno Dias, em representação do grupo parlamentar do PCP, o Vice-Presidente da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, Fernando Tinta Ferreira, o vereador da Câmara Municipal de Óbidos, José Machado, Vitor Fernandes, deputado municipal, eleito na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, Custódio Santos, deputado municipal na Assembleia Municipal de Óbidos e Nelson Valente, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário.
No final das intervenções de alguns dos convidados presentes, foi anunciado pela Comissão que já no próximo dia 3 de Novembro, esta levará a cabo uma acção de esclarecimento e de mobilização dos utentes, nas estação das Caldas da Rainha, a partir das 8.00horas.



Irá ser divulgado em breve o texto de um abaixo-assinado, para recolha de assinaturas, dirigido ao Presidente da República, Presidente da Assembleia da República e Primeiro-Ministro.

27 outubro 2011

GOVERNO CONDENA LINHA DO OESTE AO ENCERRAMENTO


A decisão do governo de desactivar, até 31 de Dezembro próximo, o transporte de passageiros entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz, representa um duríssimo revés no processo de modernização da Linha do Oeste, põe em causa o desenvolvimento económico e social da região e abre a porta para o futuro abandono da mesma, em toda a sua extensão.

Com esta decisão, o governo contribui para uma ainda maior retracção económica da região Oeste e para um crescente isolamento das populações. Por outro lado, incentiva o uso do transporte rodoviário, com as implicações económicas e ambientais negativas que se conhecem.

Tal como acontece relativamente a outras linhas ferroviárias que irão ser encerradas, o Governo despreza a obrigação de manter a prestação do serviço público de transporte ferroviário, prejudicando com isso, quem necessita de utilizar o comboio neste eixo ferroviário, olhando apenas para a questão económica.

A redução do número de passageiros a que se foi assistindo ao longo dos anos, só resultou de uma intencional política de desincentivo do uso do transporte ferroviário, com a ausência de modernização da ferrovia, do material circulante e das infraestruturas e com horários e tempos de percurso contrários às necessidades dos utentes.

SÓ A MODERNIZAÇÃO DA LINHA  IMPEDIRÁ O SEU ENCERRAMENTO

A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste considera que o encerramento deste eixo ferroviário só será travado, se a população da região Oeste, em particular os utentes, bem como os autarcas e os agentes económicos, manifestarem de forma consequente e firme, a exigência da modernização da Linha do Oeste.

A decisão do governo não correspondeu à intenção inicial(que constava do acordo com a troika)de encerrar a linha entre Torres Vedras e Louriçal. Foi a denúncia desta intenção, feita nomeadamente por esta Comissão e o receio da contestação que levou o executivo a optar pelo “mal menor”.

Isto prova que se houver persistência da parte de todos aqueles que não querem ver a Linha do Oeste encerrada e que desejam a sua modernização, o governo acabará, mais tarde ou mais cedo, por ceder e concretizar este velho anseio da população da região Oeste.

ESTA É UMA LUTA DE TODOS. VAMOS LEVÁ-LA POR DIANTE!

EM DEFESA DA LINHA DO OESTE!

TRIBUNA PÚBLICA CONTRA A DESACTIVAÇÃO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS NO TROÇO CALDAS DA RAINHA-F.DA FOZ, DA LINHA DO OESTE

A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste realiza no próximo sábado, dia 29 de Outubro, pelas 10.30h.nas Caldas da Rainha, no cruzamento das ruas Miguel Bombarda e Heróis da G.Guerra, uma tribuna pública de protesto, contra a decisão do governo de desactivar o transporte de passageiros no troço C.da Rainha-F.da Foz, da Linha do Oeste.
Como já referimos em nota à Comunicação Social, emitida no passado dia 18 de Outubro, esta decisão "representa um duríssimo revés no processo de requalificação deste eixo ferroviário, põe em causa o desenvolvimento económico e social da região e é a porta aberta para um futuro abandono da mesma, em toda a sua extensão."
Foram convidados a participar na iniciativa do próximo sábado, autarcas da região, deputados de todos os grupos parlamentares da AR, personalidades interessadas neste tema, sindicatos do sector ferroviário.
Fica aqui o convite para também participar nesta tribuna.

31 agosto 2011

Post de abertura

Damos hoje início a este blogue, que pretende contribuir para a defesa e requalificação da Linha do Oeste.
Entendemos que este eixo ferroviário é fundamental para reforçar a rede ferroviária nacional e um importante contributo para o desenvolvimento económico e social do litoral Oeste e, em particular, do distrito de Leiria.
Voltaremos aqui logo que nos seja possível, para apresentarmos a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste, os seus objectivos e a sua actividade.