07 setembro 2012

SERVIÇOS DEGRADAM-SE A OLHOS VISTOS NA LINHA DO OESTE

Apesar de não estar confirmada oficialmente a supressão de combóios de passageiros no troço da Linha do Oeste, entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz, a partir do próximo dia 15, a verdade é que todos os dias são suprimidas ligações, em todo o percurso. Só hoje de manhã, já tinham sido suprimidos quatro num sentido ou no outro, num total de vinte previstas para o dia todo.

A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste, reunida ontem, 6 de Setembro, concluiu que de uma forma ou de outra, com ou sem concretização da medida prevista no Plano Estratégico de Transportes, a situação na Linha do Oeste agrava-se de dia para dia, com graves consequências para os utentes.

A sistemática supressão de ligações ferroviárias na Linha do Oeste, a que se soma a degradação das condições de utilização das infraestruturas pelos passageiros, só está a contribuir para a consumação daquilo que este e anteriores governos e respectivos representantes nos conselhos de administração da CP sempre desejaram – encerrar a Linha do Oeste!

As informações sobre o que se poderá passar nos próximos dias, parecem ser contraditórias. Contudo, parece não haver dúvida de que houve mexidas nas escalas de serviço dos trabalhadores da CP relacionados com a Linha do Oeste, para os próximos dias. Não há dúvida também que, na 4ª feira passada, transmitiram a um passageiro na bilheteira da Estação de Meleças, que a partir de 17 não haveria combóios para a Figueira da Foz. Não há dúvida também que aproveitando a greve dos maquinistas, a CP está a suprimir boa parte dos combóios de passageiros na Linha do Oeste. E não há dúvida também que a CP está a desviar maquinistas para assegurar os combóios alfas pendulares e intercidades nas linhas principais.

Perante este quadro, a Comissão concluiu que:

O serviço na Linha do Oeste está a degradar-se de dia para dia;
Com as sistemáticas supressões de comboios, os passageiros estão a afastar-se deste meio de transporte, nomeadamente os utentes diários;
O Conselho de Administração, ao SNTSF, não disse nem que sim, nem que não há hipótese de supressão;
Com esta situação, o lobby do transporte rodoviário de passageiros,só está a ganhar;
O Governo continua sem dar resposta às propostas apresentadas no relatório "Nelson Oliveira" e o Conselho de Administração da CP parece não querer assumir uma posição diferente daquela que tem tido até hoje;
Independentemente da data, o que é importante é que a medida se não concretize e que o governo afaste definitivamente essa possibilidade.

E assim, decidiu:

1. Distribuir nos próximos dias um comunicado à população e em particular aos utentes;
2. Solicitar reuniões com o Secretário de Estado dos Transportes e com o novo presidente do CA da CP, para saber se foi ou não alterada a posição assumida no PET/2011 e entregar um memorando com o conjunto de problemas que afectam os utentes na LO.
3. Solicitar uma reunião à Plataforma para saber se pensam levar por diante novas diligências para obter resposta do Relatório "Nelson Oliveira" e propor ainda a realização de uma iniciativa conjunta em defesa da LO.

04 setembro 2012

GOVERNO INSISTE EM SUPRIMIR COMBÓIOS DE PASSAGEIROS ENTRE AS CALDAS E A FIGUEIRA


De acordo com informações recolhidas pela Comissão para a Defesa da Linha do Oeste, os combóios de passageiros irão ser suprimidos a partir do próximo dia 15, no troço entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz.

Trata-se de uma medida inaceitável, pelos prejuízos que causa às populações em geral, aos utentes e a toda a região servida pela Linha do Oeste, que contraria em absoluto a vontade manifestada massivamente por deputados, autarcas, agentes económicos, técnicos e outros trabalhadores ferroviários e pela população.

A decisão, a ser concretizada, só vem confirmar que acima das razões que confirmam a viabilidade da Linha do Oeste, se forem tomadas as adequadas medidas para a sua reabilitação, há outras, impostas pelo grande capital privado, às quais o Governo e o Conselho de Administração da CP se estão a submeter.

Isto é bem evidente pela coincidência na decisão de suprimir o transporte de passageiros no troço entre Caldas e Figueira e de ser apresentada uma nova linha de transporte rodoviário entre as Caldas e Leiria, com reços e horários que combatem os propostos pela CP.

Como tem sido evidente, ao longo dos anos, pela desgraçada forma de exploração da Linha do Oeste, na área de passageiros, com a sistemática redução do número de combóios; com a desadequação de horários para as necessidades dos utentes; com a destruição de infraestruturas que só reduzem o conforto dos passageiros; com tantas e tantas medidas que têm provocado o divórcio entre o transporte ferroviário e os utentes.

A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste manifesta o seu maior repúdio pela concretização desta medida e apela à população dos concelhos abrangidos pelo troço da Linha afectado, para que pelas mais variadas formas protestem contra a decisão tomada e a sua concretização.

A Comissão divulgará na próxima sexta-feira as medidas que irá adoptar para continuar a luta pela requalificação da Linha do Oeste.

13 junho 2012

SESSÃO PÚBLICA DEU CONTINUIDADE À LUTA EM DEFESA DA LINHA DO OESTE

Foi numa sala repleta de gente, que a Comissão para a Defesa da Linha do Oeste deu continuidade à luta que tem vindo a travar em defesa da Linha do Oeste. Foi na noite de 12 de Junho, na Junta de Freguesia de NªSªdo Pópulo, nas Caldas da Rainha.  Numa sessão onde se falou da importância do transporte ferroviário como elemento indispensável para o desenvolvimento acional e regional. Sobre endividamentos premeditados das empresas públicas de transportes para satisfazer interesses privados. Sobre bitolas ibéricas e europeias e da mistificação que é a alegada necessidade de suprimir a bitola ibérica. Sobre a importância estratégica da Linha do Oeste, numa linha do Norte sobrelotada e do tempo em que na estação, hoje apeadeiro do Bouro

09 junho 2012

SESSÃO PÚBLICA EM DEFESA DA LINHA


AINDA NADA FOI GANHO.
É PRECISO CONTINUAR A LUTA!

A luta travada até agora contra o encerramento da Linha do Oeste, no imediato pela manutenção do transporte de passageiros no troço a norte das Caldas Rainha, fez com que o Governo fosse obrigado a adiar a concretização da sua decisão.

Estes meses serviram para demonstrar que não só não tem razão na decisão tomada, como o Governo tem contra si as populações, os autarcas, os agentes económicos e os técnicos do sector ferroviário.

Contudo, o Governo insiste em não mudar de posição quanto ao fim do transporte de passageiros na Linha do Oeste, a norte das Caldas da Rainha.

Por isso, a qualquer momento pode concretizar a decisão tomada no final do ano passado, deixando sem combóio todos aqueles que o utilizam.

Consta, sem confirmação para já, que tal poderá acontecer logo após o fecho do ano lectivo, no período de férias, para evitar que uma parte dos utilizadores do combóio sejam apanhados desprevenidos.

Deste modo, temos de dar continuidade à luta, com novas iniciativas e mais e mais envolvimento dos utentes e de todos os que defendem a Linha do Oeste.

SESSÃO PÚBLICA
EM DEFESA DA LINHA DO OESTE
12 de Junho – 21.00 horas
Junta de Freguesia
de NªSªdo Pópulo
CALDAS DA RAINHA











GOVERNO FAVORECE
INTERESSES PRIVADOS
E PREJUDICA POPULAÇÕES

O Governo, com a decisão de suprimir o transporte de passageiros no troço a norte das Caldas da Rainha, irá favorecer o interesse dos grandes grupos privados do transporte rodoviário de passageiros. 
 
Aliás, já hoje isso está a acontecer, quando permite que a CP tenha uma política de exploração da Linha que, com os horários, tempos de viagem e preços praticados, por exemplo, afasta os passageiros, empurrando-os para o transporte rodoviário.

A Linha do Oeste só será viável se forem adoptados horários que vão ao encontro dos interesses dos utentes; se os tempos de viagem forem reduzidos e se os preços praticados forem mais justos.

03 fevereiro 2012

VIGÍLIAS MOSTRAM VONTADE DE PROSSEGUIR A LUTA

A Comissão Para a Defesa da Linha do  Oeste saúda todos aqueles que participaram nas seis vigílias hoje realizadas, ao fim da tarde, junto às estações do caminho de ferro de Leiria, Marinha Grande, Martingança, Valado de Frades, S. Martinho do Porto e Caldas da Rainha, que juntaram perto de duzentas pessoas, manifestando assim a sua disponibilidade para prosseguirem a luta contra a decisão de pôr fim ao transporte de passageiros entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz.
Na Marinha Grande, onde se juntaram mais de meia centena de pessoas, a linha foi ocupada pelos populares que impediram a circulação do combóio proveniente de Leiria, durante alguns minutos.
Em todas as vigílias foi aprovada uma resolução, onde se faz referência ao novo aumento dos preços dos transportes e à degradação da qualidade dos serviços prestados aos utentes, como acontece no caso da Linha do Oeste.

A resolução exige que o Governo anule a decisão de acabar com o transporte de passageiros no troço a norte das Caldas da Rainha e que modernize a Linha do Oeste.

A luta em defesa da Linha do Oeste vai continuar com novas acções a concretizar a curto prazo, de acordo com a resolução aprovada.
Para além das vigílias, activistas da Comissão fizeram uma distribuição de comunicados à chegada do combóio do fim da tarde, no Bombarral.


24 janeiro 2012

AUMENTAM OS PREÇOS DOS TRANSPORTES CONTINUA A DEGRADAÇÃO DOS SERVIÇOS

Os preços dos transportes colectivos de passageiros, nomeadamente, ferroviários, vão aumentar no próximo dia 1 de Fevereiro, em média 5%, enquanto os serviços oferecidos aos passageiros continuam a não corresponder às necessidades dos mesmos, como é o caso da Linha do Oeste.

Trata-se do segundo aumento dos preços dos transportes em poucos meses, que penaliza dramaticamente todos aqueles que precisam do comboio para se deslocarem com regularidade, em particular, os trabalhadores e os reformados, confrontados com a redução real dos salários e pensões, em resultado do agravamento dos impostos e dos preços dos bens e serviços essenciais. E também, no caso dos jovens estudantes, a quem o Governo retirou o passe social específico.

Estes aumentos são tão mais inaceitáveis, no caso da Linha do Oeste, quanto os serviços prestados aos utentes ficam muito àquem dos níveis de qualidade e eficácia exigíveis, em matéria de horários, duração das viagens e conforto do material circulante e estações.

Os transportes públicos de passageiros, neste caso o comboio, são um serviço público com uma importância social determinante. Não podem ser postos em causa, como o estão a ser com os aumentos dos preços, a extinção dos passes sociais e a eliminação de serviços.

O próximo aumento dos preços é ainda, no caso da Linha do Oeste, um novo “empurrão” para afastar os utentes do transporte ferroviário, já de si sujeitos a um serviço de baixa qualidade.

Entretanto, continua na ordem do dia, a possibilidade do encerramento do serviço de transporte de passageiros entre as Caldas da Rainha e a Figueira da Foz, apesar de o Governo ter adiado o encerramento, previsto inicialmente para o final do ano passado.

A intenção governamental mantém-se pelo que é preciso dar continuidade à luta até aqui travada nos mais diversos planos e com a mesma persistência.

A Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste considera significativas as conclusões do estudo da Plataforma, apresentado recentemente, já que desmonta, por um lado, a argumentação do Plano de Transportes do Governo, para encerrar o serviço de transporte de passageiros entre as Caldas da Rainha e Figueira da Foz; e, por outro, apresenta um conjunto de propostas quase sem custos, que poderão melhorar a qualidade dos serviços prestados aos utentes e, que a serem aceites pelo Governo e concretizadas pela CP, poderão contribuir para a manutenção do serviço de transporte de passageiros, no troço a norte das Caldas da Rainha, mas com influência positiva também a sul.

Continuamos, contudo, a considerar que o futuro da Linha do Oeste só ficará garantido quando for concretizado o projecto da sua requalificação, no quadro da definição do transporte ferroviário como um elemento estratégico do desenvolvimento económico e social do País e da região.

Mas para a concretização deste objectivo é necessário que as populações e em particular os utentes continuem a luta, com novas iniciativas, pelo que a Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste irá promover no próximo dia 3 de Fevereiro, pelas 18.00 horas, um conjunto de vigílias, em simultâneo, junto às estações do Bombarral, Caldas da Rainha, S.Martinho do Porto, Valado de Frades, Martingança, Marinha Grande e Leiria.